Mary Astor
"O que é isso? Problema de amor ou problemas com dinheiro?Eu já vi tudo, eu vi todos os tipos de problemas do mundo, e eles se resumem a apenas esses dois. Ou você está quebrado, ou você é solitário. Ou os dois. "
Essa frase define bem a vida de Mary Astor.
Mary Astor é o nome artistico de Lucile Vasconcellos Laghanke.
Nascida em 03 de maio de 1906, viveu boa parte de sua infancia e adolescencia sob a tirania de seu pai, um homem enérgico que decidiu que a jovem Lucile iria ser uma pianista , obrigando-a a praticar durante horas todos os dias, as noites eram de criticas as suas performances.
Aos 14 anos, Lucile enviou uma foto sua para a revista Beauty que na época promovia um concurso de beleza, tendo sido escolhida como uma das finalistas, esse pequeno triunfo foi suficiente para que seu pai decidisse que Lucile então iria se tornar uma atriz de sucesso.
Mudaram-se para Nova York e tentaram por diversas vezes firmar um contrato para Lucile junto aos grandes estudios.
Um deles revelou posteriormente qual a razão da recusa em contrata-la:
"O homem (pai de Lucile) é uma caixa registradora ambulante. Eu nunca vou ser capaz de transformar a filha em uma atriz com o pai por perto. "
Disse Griffith, dono do DW Estúdio a respeito do teste feito por ela.
Em 1922, aos dezesseis anos, Mary Astor, o nome dado por seus novos patrões do famoso estúdio Players-Lasky, começou a trabalhar em pequenos papéis nos filmes. Sua mãe a acompanhava todos os dias ao set de filmagem e seu pai determinou que ela faria aulas de piano e canto. Era inconcebível para ele que sua filha poderia ter uma mente ou uma vida própria.
Em 1924, John Barrymore a escolheu como sua parceira no filme Beau Brummel ("O Belo Brummel"), dando-lhe maior destaque.
Sua consagração veio em 1941, ao ganhar o Oscar de melhor atriz (coadjuvante/secundária) pela atuação no filme A Grande Mentira.
Abaixo link para o video de divulgação do filme
http://www.youtube.com/watch?v=HS_1RiVeC-s
Mary Ator teve uma vida agitada: um tempestuoso caso com Barrymore, quatro casamentos, foi vítima do alcoolismo e teve uma tentativa de suicídio. Quando foi ao tribunal lutar pela custódia da filha, na década de 30, a revelação de seu diário íntimo foi um dos grandes escândalos da época, e sua carreira sofreu uma queda.
Teve uma filha com o segundo marido, e um filho, Antonio, do terceiro casamento com Manuel del Campo.
Escreveu duas autobiografias: My Story e Life on Film, mas após uma doença cardíaca, começou a escrever novelas, num asilo para artistas, na Califórnia.
Recentemente suas fotos foram incorporadas a uma exposição , "Framed - Ida de Volta" , Criada pelas artistas Debora Hirsch e Iaia Filibert, que retrata o fim trágico de algumas atrizes famosas nas décadas de 1920 a 1940.
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